quarta-feira, 13 de maio de 2015

Perdão, Leonard Peacock




Sinopse:
Perdão, Leonard Peacock - Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.


Comentário/Opinião:
Bem, acho que não preciso dizer que é fantástico ler uma história do ponto de vista de alguém prestes a se matar. Perceber que vários fatores somados podem levar qualquer pessoa ao seu redor a própria morte, sem que você nem se quer perceba o mínimo de estranheza no cotidiano de outra pessoa.
Quer dizer, talvez aquele seu colega de sala que você só troca um ''bom dia'' ou um ''tudo bem?'', só precise de um pouco mais de atenção.
Quando terminei de ler me senti um pouco decepcionada com a forma que o livro terminou. Mas, após um tempo, parando para refletir sobre isso, e sobre a forma que ele aborda a divergência entre presente e futuro. A forma como ele vê a arte e a vida. E o conceito de amizade. Consegui perceber a grandiosidade e a fragilidade de tudo aquilo.
E a ironia é que, Leonard é um cara legal (ao menos eu achei), acho que isso é mais uma coisa para se pensar. Quem está lendo consegue gostar dele, pois conhece seu íntimo, seus medos, suas loucuras... E quem convive com ele pode não gostar, ou nem se importar, pois nunca se deram ao trabalho de ouvir.


Alguns trechos:

*
Quer dizer, uma tigela de mingau de aveia com uma P-38 ao lado, como se fosse uma colher - esse arranjo, fotografado, pode ser arte moderna, certo?
Babaquice.
Mas também é engraçado.
Já vi coisas piores expostas em museus de arte de verdade, como uma tela toda branca atravessada por uma única listra vermelha e fina.
Certa vez contei a Herr Silverman sobre a pintura com a listra vermelha, dizendo que eu mesmo poderia ter feito aquilo, e ele respondeu com uma voz superconfiante: "Mas não fez."

*
Era como se, mais uma vez, bastasse eu me expressar para alguém me rotular e me colocar em uma caixa.


(OBS: Próxima postagem será sobre um concurso)



*Fique por dentro*

4 comentários:

  1. Esse livro já está na minha wishlist já faz um tempinho, sempre tive curiosidade em relação a escrita desse autor. Espero que esse ano eu consiga lê-lo.
    Adorei o blog e já estou seguindo :)

    http://feita-deflor.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Tomara mesmo. Acho que irá gostar.
      Muito obrigada!

      Beijos.

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  2. Oii...
    Gostei da sua resenha, sempre vejo comentários positivos sobre esse livro.
    Pretendo lê-lo em breve.
    Boa semana.
    Beijinhos ;**

    Leitora Online

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    Respostas
    1. Oii!
      Obrigada, ehh leia sim!
      Obrigada, para você também. :)

      Beijoss

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